quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Duas respostas, Duas Lições Diferentes


Mateus 21.23-32,45
Eu acho muito interessante os personagens de uma peça teatral onde representam vários papeis num mesmo espetáculo, pois eles trocam de roupa, de mascara, de fala e de atitude muito rápido.
Eu fico pensando, “e depois dos espetáculos, onde as cortinas se fecham, onde as luzes se apagam e mascara cai, o que realmente fica neste personagem”. Qual é “o tipo de papel que este representa na vida real”.
Esta parábola representa muito bem um personagem assim. Ela tem como pano de fundo um questionamento dos quais os lideres judeus fazem desafiando a autoridade de Cristo, esta está inserida em uma serie de controvérsias no pátio do templo. Como uma forma de resposta Jesus faz uma pergunta a estes lideres quanto à procedência do batismo e da missão de João – se do céu ou dos homens, e com isto Jesus os deixava nas garras de um dilema.
Tais lideres hesitaram entre o prudente e o vantajoso, e não encontraram resposta à pergunta que Jesus havia feito. Essa autoridade tinha falhado completamente no plano de Deus e, para leva-los a emitir um veredicto contra elas próprias, Jesus recorreu ao método simples de narrar histórias (parábolas). Com grande habilidade, Jesus tocou nas falhas desses lideres religiosos, os quais condenavam a si próprios, fazendo-os perceber que falava a respeito deles.
A oposição entre justos aos próprios olhos e pecadores aparece em outras parábolas; por exemplo, a parábola do fariseu e do cobrador de impostos. Os que se afirmavam religiosos rejeitaram a Palavra de Deus, mas os desprezados a aceitaram. Os sacerdotes e os anciãos permaneceram inflexíveis diante da pregação severa de João Batista, mas grandes e famigerados pecadores se arrependeram ao ouvi-la.
Jesus propõe a parábola dos dois filhos e o pai. O filho que disse “Eu Vou, Senhor...”, mas não foi, era um retrato dos fariseus. Já o outro, do qual disse “Não irei...”, mas depois se arrependeu e foi, representava os pecadores penitentes, como os cobradores de impostos e as meretrizes. Embora essa seja a interpretação inevitável da parábola, a aplicação desta é abrangente. Sempre que o evangelho for pregado no poder do Espírito, haverá pecadores que se arrependerão e se voltarão para o Salvador. Da mesma forma, haverá os correspondentes dos sacerdotes e dos anciãos judeus – religiosos, mas relutantes para se confessar também pecadores e perdidos aos olhos de Deus como os mais dissolutos desse mundo. Presos à sua justiça própria e falsa obediência, não vêem a necessidade de um Salvador.
Podemos ver nestes dois filhos retratados na parábola duas respostas e duas lições diferentes:
1. A NOSSA RESPOSTA AO MANDADO DE DEUS NÃO DEVE FLUIR DE NOSSO EXTERIOR E SIM DO INTERIOR. (v.28-30)
Nesta parábola podemos ver que os dois filhos dão respostas opostas e com atitudes também opostas entre si. O pai se achega até aqueles filhos e lhes dar uma ordem expressa vão trabalhar na vinha, podemos entender por inferência que se o pai era o dono da vinha, logo seus filhos eram herdeiros e deveriam cuidar dos seus próprios interesses, zelando pela sua vinha.
O primeiro filho demonstra que sua preocupação estava apenas em manter as aparências em vez de realmente obedecer ao pai e manter sua palavra. O segundo, porém, a inicio talvez com uma resposta um tanto quanto rebelde, se arrepende, demonstrando preocupação para com a ordem de seu pai.
Eu lhe pergunto, quantos de nós temos obedecido à voz de nosso Senhor, nosso pai celeste, ao invés de manter meras aparências.
Devemos entender que as aparências jamais revelam quem você é. Devemos entender que Deus sonda nossos corações e conhece os intentos dele, ele nos conhece por dentro e sabem quais têm sido nossas motivações, quais as nossas respostas e atitudes para com o Reino do Senhor aqui na terra.
Existe uma ordem do Senhor para com as nossas vidas, cultive a vinha do Senhor, trabalhe na motivação correta do reino de Deus, sabendo que no Senhor, seu trabalho não é em vão.
Eu e você precisamos urgentemente trazer a nossa memória, o que temos respondido a nosso pai e arrependido, possamos cumprir a sua ordem, cumprir em favor do reino que a nós está preparado.
Saiba que em nenhum momento Deus estará lhe medindo pela sua aparências, ou até mesmo respostas, mas sim, dá maneira como estamos agindo diante dele, e o que temos feito quais as nossas atitudes perante o cuidado da vinha de nosso pai.
2. JAMAIS DEVEMOS JULGAR AS PESSOAS PELAS APARÊNCIAS EXTERIORES QUE ELAS POSSUEM. (v.31-32)
Aparências, isto parece ser tão complicado em dias como os nossos que a beleza externa é tão exaltada, onde a industria da moda, cosmética, etc. ganham milhões explorando o desejo por uma aparência aceitável pela sociedade.
Jesus ao dizer que publicanos e meretrizes precederam o reino, eles estava afirmando que muitas daquelas pessoas que erram rejeitadas pela sua aparência e atitude externa, julgada como indignas do reino de Deus, e desprezível ao olhos de Deus, poderiam ser salvas sendo alcançadas pela salvação.
É interessante notar que o texto verso 31 com a expressão “precederam”, dar a idéia que até mesmo, aquelas pessoas poderiam ser salvas. Salvas porque deram ouvidos a voz do Senhor, o mestre.
Muitos daqueles fariseus, anciãos e principais sacerdotes levavam uma vida de meras aparências, uma legalismo sem razão de ser, tinham uma religiosidade que não brotava de um coração sincero e arrependido diante de Deus.
Quantas vezes nós já não nos enganamos porque julgamos pelas aparências, quantos de nós já não olhamos para vida de alguém e chegamos a conclusão que aquela vida iria para inferno, sem esperança de vida.
Que isto nos sirva de alerta para atentarmos a voz do Senhor. Para não julgarmos pelo exterior das pessoas, eu vejo que um grande exemplo, é a vida do apostolo Paulo que de perseguidor passou a ser um dos maiores pregadores e anunciador da Palavra de Deus.
Não podemos medir o nível de espiritualidade de uma pessoa apenas pela sua mera aparência, mas sim por um coração contrito e quebrantado diante de Deus. Jesus andou com pessoas que talvez muitos de nós não teríamos coragem, Jesus comeu com pessoas que muitos de nós teríamos nojo, Ele se dedicou a pessoas que talvez muitos de nós hoje desprezaríamos.
CONCLUSÃO
Que possamos estar atentos para a ordem de nosso pai, para com o cuidado da vinha, o cuidado da sua obra aqui na terra. Não dá para viver uma vida de meras aparências, uma vida de julgamentos frios e calculistas.
Devemos ter nossos olhos focados no reino de Deus, mas nossas devem está aqui arando a terra, plantando a semente, e colhendo seus frutos.

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