segunda-feira, 26 de abril de 2010

A Maior Descoberta da Minha Vida


Durante alguns anos eu possí um elegante terno completo com casaco, calça e até mesmo um chapéu. Me considerava bastante garboso no traje e estava confiante de que os outros concordavam. A calça foi cortada a partir do tecido das minhas boas obras, um tecido forte das ações feitas e projetos concluídos. Alguns estudos aqui, alguns sermões ali. Muitas pessoas elogiavam a minha calça, e confesso, eu tinha a tendência de suspendê-la em público para que as pessoas a notassem. O casaco era igualmente impressionante. Ele era tecido com as minha convicções. Cada dia eu me vestia de sentimentos profundos de fervor religioso. Minhas emoções eram bem fortes. Tão fortes, de fato, que freqüentemente me pediam para exibir a minha capa de zelo nas reuniões públicas para inspirar os outros. Naturalmente, eu ficava feliz eu atender. Enquanto estava ali, eu também exibia o meu chápeu, um goro emplumado de conhecimento. Formado com minhas próprias mãos a partir do tecido da opinião pessoal, eu usava com orgulho.

Com freqüencia eu pensava: Com certeza Deus está impressionado com minhas roupas. Ocasionalmente, eu entrava me pavoneando em sua presença, de forma que Ele pudesse elogiar a roupa feita por mim mesmo. Ele nunca falou. Seu silêncio deve significar admiração, me convenci. Mas então o meu guarda-roupas começou a sofrer. O tecido da minha calça começou a afinar. As minhas melhores obras começaram a ficar descosturadas. Comecei a deixar as coisas mais malfeitas do que feitas, e o pouco que fiz não era nada de que pudesse me gabar. não tem problema, eu pensava. Vou trabalhar com mais afinco.

Mas trabalhar com mais afinco era um problema. havia um furo em meu casaco de coinvicções. A minha resolução estava puída. um vento frio penetrou em meu peito. Procurei abaixar o chapéu na cabeça firmemente, e a aba rasgou em minhas mãos. Durante um período de alguns meses, meu guarda-roupas de justiça própria desfez-se completamente. Eu fui do traje fino de cavalheiros a farrapos de mendigos. Temeroso de que Deus pudesse estar com raiva do meu terno esfarrapado, fiz o melhor possível para remendá-lo e cobrir os meus erros. Mas o tecido estava muito gasto. E o vento estava muito frio. Por fim desisti. Voltei para Deus. (Para onde mais eu poderei ir?).

Em uma tarde de inverno de quinta-feira, eu entrei em sua presença, não por aplauso, mas por calor. Minha oração era fraca. "Sinto-me nu"

"Você está. E tem estado há muito tempo."

Nunca vou me esquecer daquilo que Ele fez em seguida. "Tenho algo para lhe dar", Ele disse. Geralmente tirou os fios que restavam e então apanhou uma túnica, a roupa de sua própria bondade. Ele a colocou em torno de meus ombros. Suas palavras para mim foram carinhosas. "Meu filho, você agora está revestido de Cristo" (Gl 3.27). Tenho um palpite de que alguns de vocês sabem do que estou falando. Você mesmo está usando roupas feitas à mão. Você costurou as suas roupas, e está ostentando os seus feitos religiosos....e já notou um rasgo no tecido. Antes que você comece a se remendar, gostaria de partilhar com você alguns pensamentos sobre a maior descoberta da minha vida: a graça de Deus.


(texto extraido do Livro experimentando o coração de Jesus - Max Lucado)

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