Discipulando Para Vida

Fico feliz de a carta não foi enviada do céu.

Ela veio da companhia de seguros do meu carro, a minha antiga companhia de seguro de carros. Eu não os abandonei; eles me abandonaram. Não porque não tenha pago meus prêmios; eu estava em dia com tudo. Não porque eu tenha falhado em preparar a documentação; cada documento foi assinado e entregue.

Eu fui abandonado por cometer erros demais.

Espera um instante. Deixe-me ver se entendir isso direito. Eu contratei um seguro para cobrir os meus erros. Mas então sou abandonado por cometer erros. Ei! Eu perdir alguma coisa? Eu falhei em ler alguma nota de rodapé? Eu pulei alguma letra miúda no contrato?

Não é o mesmo que um médico tratando somente de pacientes saudáveis? Ou um dentista pendurando uma placa na janela dizendo: "Sem cáries, por favor". Ou um professor penalizando vocÊ por fazer perguntas demais? Isso não é o mesmo que pedir um empréstimo provando que você não precisa dele? E se os bombeiros dissessem que protegeriam você exceto em caso de incêndio?

E se, nem é bom pensar, o céu tivesse limitações para a sua cobertura? E se você recebesse uma carta do Departamento de Contrato dos portais do Céu dizendo:

Muitos temem receber uma carta desse tipo. Alguns se preocupam pensando que já a receberam! Se uma companhia de seguros não pode cobrir os meus erros honestos, posso esperar que Deus cubra a minha rebelião intencional?

Paulo responde essa pergunta com o que John Stott chama de "a declaração mais extraordinária da Carta aos Romanos". Deus "Justifica o ímpio" (Rm 4.5). Que afirmação incrível!