quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A DÁDIVA DA GRATIDÃO

Lucas 17.11-19

A lei exigia que os leprosos ficassem longe das pessoas sadias (Lv 13.46); estes leprosos chegaram tão perto quanto possível e gritaram com estardalhaço.
A ordem de Jesus, quando nada lhes tinha acontecido ainda, foi um teste de fé. Eles foram curados quando estavam indo em obediência à palavra de Jesus.
Nos versos 15,16 vemos que a gratidão trouxe diretamente de volta um dos dez leprosos curados, que louvava a Deus pelo que lhe tinha acontecido. O fato de ser ele um samaritano torna tudo mais interessante, pois não se esperaria que ele mostrasse gratidão a um judeu que o curou. Os nove ingratos leprosos representam a atitude da maioria do povo judaico diante da missão e a mensagem de Cristo.
Podemos e devemos ser pessoas gratas a Deus, ações de graças como a palavra mesmo nos diz é ação, agir de nossa parte, manifestação; de graças, agradecimento, ser grato, expressar sentimentos de alegria, atitude de gratidão, Eucaristia. É muito bom nos alegrarmos com alguém que nos faz bem, melhor ainda quando este alguém é Deus.
Devemos aprender pelo que agradecer saber também como e quando agradecer evitando assim sermos como o Fariseu em Lc.18:11 “O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano”.
1- COMO AGRADECER
Devemos agradecer a Deus com muita alegria, cânticos, oração, cultuando ao Senhor na Igreja e em nosso lar como nos ensina os textos seguintes:
a. Cantando: “Louvarei com cânticos o nome de Deus, exaltá-lo-ei com ações de graças.” SL 69:30. (Sl.147:7; Ne 12:46; Is.51:3).
b. Orando: “Perseverai na oração, vigiando com ações de graças.” CL 4:2. (Fp.4:6).
c. Cultuando no Lar: “Quanto à família de Jedutum, os filhos: Gedalias, Zeri, Jesaías, Hasabias e Matitias, seis, sob a direção de Jedutum, seu pai, que profetizava com harpas, em ações de graças e louvores ao SENHOR.” 1CR 25:3.
d. Cultuando na Igreja: “Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome.” SL100:4
e. Sendo Generoso: “enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus.” 2CO 9:11-12.
2- PELO QUE E QUANDO AGRADECER
Agradecer a Deus, dar ações de graça a Ele não deve ser algo que acontece somente em datas especiais e sim em todo tempo desde o momento em que acordamos. Até mesmo nossas petições devem ser acompanhadas com ações de graças (Fp.4:6). Entre tantas coisas devemos agradecer pela nossa salvação, motivo maior de gratidão; também devemos ser gratos pelos irmãos e por todos os homens que nos cercam; e agradecer os alimentos que nos dão sustento físico.
a. Pela graça e Salvação: “Porque todas as coisas existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus.” 2CO 4:15.
b. Por todos os homens: “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens”
c. Pelos irmãos: “Pois que ações de graças podemos tributar a Deus no tocante a vós outros, por toda a alegria com que nos regozijamos por vossa causa, diante do nosso Deus” 1TS 3:9.
d. Pelo Alimento: “Tendo dito isto, tomando um pão, deu graças a Deus na presença de todos e, depois de o partir, começou a comer.” AT 27:35 (Mt.15:36; Rm 14:6; I Co.10:30; I Tm 4:3).

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

O MESTRE, O DISCÍPULO E O PREÇO!


Cristo é mais que um Grande Psicólogo, Mestre, Líder. Ele é Senhor e Salvador daqueles que colocam sua fé nEle. O povo de Israel tinha uma compreensão errada sobre o Messias. Alguns achavam até que ele era João Batista que tornou a viver. A revelação que Deus concedeu a Pedro nos fala sobre a verdadeira identidade do nosso Senhor: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. A partir de então a Igreja fundada no fundamento dos apóstolos em nome de Cristo –segundo a vontade e autoridade de Cristo – proíbe e permite, pela pregação salva e condena.

Jesus nasceu para morrer. Sua morte foi estabelecida na eternidade pelos pecadores, que não podem pagar o preço pelos próprios pecados. Ele morreu a nossa morte para que vivêssemos a sua vida. Sofreu nas mãos do sinédrio e da turba a nossa culpa, tomou o cálice da ira de Deus. O Apóstolo Pedro, nesta ocasião, não compreende o ministério sacrificial de Jesus, deseja que isto não aconteça. Esta é a artimanha de Satanás: tirar Cristo do caminho da cruz, esta tentação já foi conhecida no deserto.
Aquele que quer ser discípulo de Cristo deve renunciar a sua própria vontade pecaminosa. Deve negar a si mesmo, colocar sua fé em Cristo e assumir um compromisso com Deus. Tomar a Cruz, é pensar no martírio. Os discípulos de Cristo Jesus deveriam estar dispostos a morrer pela causa do Evangelho, acima de tudo, por amor a Jesus. Quem procura viver neste mundo segundo os prazeres pecaminosos morrerá. Está condenado, pois já nega o Filho de Deus. Ajuntar riquezas e mais riquezas neste mundo em detrimento da nossa alma, é perder tempo e arriscar nossa vida. O Filho do Homem, Jesus, virá, devemos vigiar e orar.
Jesus como Senhor também chama os homens hoje a entregar sua vida a Ele, em fé no seu pagamento pelos nossos pecados, e em compromisso de uma vida de obediência e fervor espiritual. Nada neste mundo pode salvar sua alma senão Cristo. Ele virá para Julgar o mundo com justiça. Somos pecadores, precisamos de Cristo. Ninguém é aceito por Deus, ou é amigo de Deus, se não colocou sua fé em Cristo e foi lavado no sangue do Cordeiro. A expressão máxima do amor, de todo amor demonstrado está na Cruz do Calvário. O Deus-Homem no Getsêmani suando em aflição mental intensa e pesada, e na cruz em angústia não conhecida por nós, carregando o peso dos nossos pecados.
Você acha que ninguém pode salvar a sua vida, você quer ter paz com Deus? Cristo é o Filho do Deus Vivo. Você tem uma consciência culpada? Creia que Jesus pagou o preço pelos seus pecados.
Você quer segui-Lo? Negue-se, Tome a Cruz, e siga dia após dia o Mestre, nosso Senhor e Salvador, nossa vida. Cristo é a nossa esperança, nossa razão, justiça, santificação e paz. Resumindo: Cristo é Tudo para nós, sem Ele nada terá valor, tanto agora como eternamente.

“Crê no Senhor Jesus e serás salvo.” (At 16.31)

“Sede imitadores de Deus, como filhos amados; e andei em amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave.” (Ef 5.1 e 2)

Glória a Deus Somente
Antonio Carlos Jr.

PROVADOS E APROVADOS: O Propósito da Fornalha Divina


Tiago 1.1-4
O nome Tiago era comum no tempo bíblico. Provavelmente o Tiago desta epístola é o meio-irmão de Jesus, não o apóstolo que morreu no início da era cristã. João nos fala que os irmãos de Jesus não criam nele (Jo 7.5), daí Tiago se incluir entre os regenerados: “segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade.” (1.18). O que tudo indica, portanto, é que Tiago era um judeu não convertido, que conheceu o Evangelho posteriormente. Tiago foi reconhecido por Paulo como uma das colunas da igreja (Gl 1.19; 2.9), ele pronunciou-se com firmeza no Concílio de Jerusalém (At 15.13; 21.18). Agostinho, Eusébio, e outros pais da igreja confirmam a autoria de Tiago, irmão de Jesus.

Ele escreve às doze tribos da Dispersão, referindo-se, provavelmente, aos judeus dispersos, e isto além dos limites de Israel. Parece que Tiago contempla uma comunidade específica, visto tratar de alguns problemas específicos na sua carta. Ele se coloca como servo (escravo) o que é interessante, pois não se coloca como o irmão de Jesus, mas o escravo de Cristo. Os irmãos a quem se dirige eram provados nas aflições da vida, pobres e humilhados, difamados. Cabe uma exortação para suportar as aflições sem reclamar de Deus, esperando e orando pacientemente como fez Jó. Na aflição devemos nos alegrar. Quando caímos subitamente em uma aflição devemos lembrar que o próprio Deus está trabalhando o nosso caráter. A provação (teste) é para o nosso bem. Deus visa a nossa aprovação, e não reprovação. A provação atingindo a sua plena operação produz perseverança, seremos constantemente firmes no nosso propósito cristão.

Provados, perseverantes, perfeitos e íntegros em nada deficientes. Perfeito não significa sem pecado, mas maduro. Íntegros, pois seremos completos em virtudes, não faltosos, nem deficientes. Esta alegria não se refere a passar pelas provas rindo, pulando e dizendo três vezes: “A alegria do Senhor é a nossa força”. Como se fosse uma frase mágica, que quando citada tudo passa. Não. Haverá choro e dor, mas na dor devemos contemplar o supremo propósito da aflição: o amadurecimento. Chorar sem reclamar e agüentar as aflições faz parte da autentica vida cristã, de um soldado valente e forte. Esta é a experiência de quem a ama a Palavra do Senhor, de quem ama o seu Deus: “Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo a tua palavra ( ...) Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos.” (Sl 119.67, 71)

É o caso de Jó, depois da aflição “abençoou o SENHOR o último estado de Jó mais do que o primeiro.” (Jó 42.12). É o caso do nosso Senhor Jesus, depois de moído, transpassado, dando a sua vida como oferta pelo pecado dos eleitos de Deus “verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito” (Is 53.11), verá que a sua obra sacrificial justificará a muitos. Depois do Getsemani, o Calvário, depois do Calvário a Glória. Assim será conosco, depois do servo de Deus ser provado e aprovado “receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” (Tg 1.12)

Bel. Antonio Carlos